domingo, 22 de setembro de 2013





PERDIDA
 
Oh sereia sem mar, musa sem poeta, aberta às flores…
às cores, aos amores…
No teu destino de andorinha,
em bando…e estás sozinha!
Sem noite, sem dia,
sem destino, sem caminho.
Descobres-te no fado da vida
e enfeitas a tua alma adormecida
com os silêncios da ausência!
E na praia dos teus sentidos
entre gritos e gemidos…
Basta uma onda qualquer no seu vai e vem,
beijar a tua pele, acariciar o teu desejo
para te sentires inundada de ti
e sem medos, atilhos ou amarras,
dares-te num mágico entardecer
para te perderes num eterno anoitecer!
 
Milena Guimarães
        
 
 
 
 
 

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