Tudo isso foi ontem. Nada é longínquo
nas minhas recordações. As memórias bailam presentes no meu hoje, continuando
sem uma receita para a vida e mesmo sabendo que os silêncios não falam, percebo
que as palavras nunca são demais, pois traduzem o cumular de todas as emoções.
É na voz da noite que ouço a saudade
de um corpo feito um fruto bravo e rebelde, que nada sabe sobre a sua sorte. De
mãos completas, indomáveis mas românticas e majestosas, tocando de leve as
horas sem fim. Dos caminhos percorridos em noites de lua cheia em busca do
sempre amanhecer. Do início das coisas, onde tudo continua fiel e verdadeiro,
como os milagres que me encantam e preciso de acreditar. Dos sonhos que me
fascinam, que prometo realizar, mas que sempre deixo escapar, pois têm apenas a
duração dos relâmpagos enfurecidos e perturbados que rasgam os céus. Do tempo
inacabado e inventado, como um naco de pão, seco e só, coberto de nada, na boca
de uma criança esfomeada, prometendo-lhe um pingo de mel. Desta mania do meu
sofrimento louco, sem tréguas, que se assemelha a um pormenor, apenas solidão.
De um filho longe, atravessando a fronteira dos tempos, na espera cruel, de uma
chegada cheia de flores.
Saudade, sempre a saudade, correndo
feita um furacão, que rasga perdidamente a minha alma, plena de incertezas,
coberta de eternos mistérios, à procura de um poema de amor.
Milena Guimaraes.
Ola amiga Milena. Acabei de visitar o teu blog e so posso dizer: Fantastico. Continuas aquela mulher inspirada alegre e amante da vida. Espero poder continuar a ler os teus textos. Recebe um beijinho do amigo Manuel Damas
ResponderEliminarQue bom ter-te aqui amigo Manuel Dantas, nem sabes a alegria que me dás. Beijinho enorme.
EliminarQuerida Milena:
ResponderEliminarQue nunca deixe a saudade e a dôr, pesarem mais na sua balança! Pois o seu lado enérgico, forte, glamouroso e espetacular tem peso que chega para colocar esse prato no TOPO!
beijinhos da amiga,
Mónica
Não há saudade que perdure para sempre, nem dor que se perpetua quando o nosso coração alcança a calma oriunda da aceitação... Esse coração enorme irá sentir muita alegria quando sair-mos deste cinzento imposto pelo São Pedro... Beijinhos
ResponderEliminarFrancisco ( aquilo miudo da fisioterapia)